Hola Espanha!
17/06 – Muito demais entrar em um país de bici, e assim foi nossa entrada a Espanha. O legal foi que chegamos exatamente na mesma data que chegamos em Portugal no mês passado. A paisagem já muda bastante, aqui tem mais área verde e mais rios, ou seja, lugares propícios para diocamping e banho. E foi logo no primeiro dia que encontramos um diocamping perfeito. Tinha mesa e tudo mais, tomamos banho no riozinho ao lado, perfeito. Foi num lugar publico perto de um condomínio, os espanhóis passavam, nos viam e nem ligavam, eles tem coisas mais importantes para se preocuparem, melhor pra gente. Perdemos o medo de dormir na rua.
- Nossa entrada triunfal na Espanha.
- Ja chagamos da Espanha diocampando.
18/06 – Acordamos muito dispostos e partimos em direção a algum lugar. No caminho passamos por uma rocha e o Thiago já foi lá brincar de escalar (boulder). Depois que vimos que tinha uma placa em homenagem a dois espanhóis que escalaram várias montanhas do mundo. Também vimos um monumento muito bonito em homenagem aos mortos pelo fascismo em Concello de Mos. Conseguimos um camping no quintal da casa de uma senhora, ela queria cobrar 20 euros, mas negociamos por 12. Mesmo assim ainda fica caro, mas o lugar era lindo, numa plantação de uva com uma vista fantástica para uma ilha. Vale.
- Escalada no caminho.
- “Os nossos montañeiros, Jesus e Toni Martinez Novas. Polo seu espírito de esforzo e sacrifício en defensa da paz e o médio ambiente.”
- “En lembranza ós homes e mulleres asasinados pola senrazon do fascismo franquista no Concello de Mos 20-09-2008” Essa foi a data da escultura, feita por Marcos Escudero.
- Pelo caminho.
- Camping super agradável.
- E o prato da noite foi: Polenguelos ao molho pesto. Queijo polenguinho e cogumelo.
19/06 – Saímos de Rodela, digo, Redondela e seguimos rumo a direção de Santiago de Compostela. Começou a ter muita subida e o pedal não rendia, o tempo estava fechando, então decidimos procurar um diocamping. Procura aqui e ali e nada. Avistamos um parque com uma lagoa linda, mas estávamos bem no alto e não sabíamos como descer lá. Entramos numa rua sem saída e 3 ovelhas começam a gritar, até que um cara aparece. Nos dá buenas tardes e começamos um papo. Ele nos convida pra acampar no quintal de sua casa. Nos oferece licor de café (típico da região). Nos oferece sua churrasqueira para assarmos uma carne. Ainda nos oferece uma ducha caliente. Ah nemmm… Que doido! Seu nome é Gabriel, gente boa demais! Agora o mais engraçado foi eu comentando com o Thiago: meu amor, que legal né, o grito das ovelhas fizeram com que o Gabriel viesse até nós, que coisa divina, coisa de Jesus.”
Aí mais tarde, chego pro Gabriel e pergunto: Gabriel, você só apareceu lá porque as ovelhas gritaram pela nossa presença não foi?
Gabriel: Ué, não! Aquelas porras berram o dia inteiro, fui só trocar elas de lugar porque estavam enchendo o saco. (em português seria mais ou menos assim).
Rimos muito. Foi uma noite muito bacana. Valeu Gabriel. Valeu ovelhas.
- Procurando o diocamping, e as ovelhas gritando.
- Ajudando o brother que quebrou a corrente.
- Gabriel, seu dog e o local onde dormimos.
20/06 – Arrumamos hospedagem em Santiago pelo Warmshower. Difícil foi chegar até lá. Não chegamos e o diocamping da vez foi numa ruína. Uma casa muito antiga, feita toda de pedra, dormimos onde deveria ser o quarto do segundo andar. Esta tomada pela natureza. O que será que ja rolou naquela casa? Quem já morou lá? Quando? Ficava tentando visualizar como ela era. Só sei que os fluidos eram bons, dormimos muito bem. Como tinha uma igreja perto a gente acha que deveria morar algum padre lá, fomos na igreja tentar informação mas não conseguimos.
- Thiago analisando para ver se rola um bom diocamping.
- Brincando de fazer foto macabra.
- Esse foi o quarto que dormimos. Confesso que rolou um leve medo.
21/06 – Depois de 30 km de subida (modo de dizer, mas eu só lembro de ter subido) chegamos a Santiago de Compostela. Uhuuuuu! Vários peregrinos por toda a parte, gente muito cansada e realizada. Visitamos o túmulo do apóstolo Santiago, tudo muito lindo! Adoramos tudo. Dormimos na casa do Pablo do WS (warmshower), fizemos um rangão e foi só alegria. A casa do Pablo na verdade era uma ocupação. Ele nos avisou por e-mail, a gente não entendeu direito mas sabia que poderia ser isso mesmo. Só pensava na polícia invadindo e botando todos para correr. Mas a real é que a polícia não se mete. Se o dono do prédio achar ruim, ele expulsa os moradores e esses procuram outro prédio abandonado. O que mais tem na Europa são casas e prédios abandonados. Não tinha energia elétrica, dormimos num grande conforto. O único medo era ver o teto levemente afundado com uma rachadura no meio. E a frase que tava escrito na parede é a que mais se enquadra nessa situação era: “Gente sin casa, casas sin gente”.
- Catedral de Santiago. Até dançar break vale! Huahuahuaha.
- Vista de quem esta na lateral da Catedral.
- Santiago está bem aí.
- Repare nesse anjo. Ele está te olhando? (veja na foto a seguir)
- Não, ele não esta te olhando, ele é zarolho, ahauhauhauhua. Pura lombra!
- Pablo e sua ocupação.
- Quarto lindo e confortável.
A Cada Dia a Espanha Surpreende.
Andamos uns 30 km e achamos um camping por 18 euros, ta doido. Tivemos que recorrer a outro albergue, chegando lá não tinha ninguém. Ah legal né, na hora de expulsar a gente eles trabalham bem, na hora de estar lá pra nos atender, não. O albergue estava aberto, entramos e preparamos nosso rango. Tinha uma peregrina que nos avisou que o responsável só chegaria as 21:00h e poderíamos nos instalar, opa, vale! Na hora certa o senhor apareceu, pagamos e perguntei se teríamos que deixar o camping as 08:00 da manhã, ele respondeu: não, não, pode ir a hora que quiserem, as 10:00, 11:00 ou as 13:00, como preferirem. Mas que belezaaaaaa! Era dia de jogo do Brasil, mas pelas “regras”o albergue fechava as 22:00. Pois esse albergue da cidade de Miño não tinha hora pra fechar, uhuuuu! Procuramos um bar pra ver o jogo e nada de achar. O que achamos foi uma super festa na praia em comemoração ao dia de São João. Tinha varias fogueiras gigantes, famílias, crianças e jovens curtindo a mesma vibe! Perfeito! Foi lindo! Valeu São João! Valeu velhinho do albergue! Aí sim passamos o outro dia descansando!
- Olha que grafite doido!
- Outro grafite foda, na mesma rua.
- Albergue dos regrados.
- Muito verde!
- Praia de Niño.
- Linda festa de São João.
25/06 – O dia não tava rendendo, estávamos devagar! Fomos procurar diocamping, tinha um terreno particular, uma casa abandonada, mas não tava legal. A gente firma o diocamping quando os dois concordam e se sentem bem com o ambiente. Vimos uma placa de um mirante e parecia promissor. E da-lhe subida, subida sem fim. Ate que chegamos no topo e tivemos a vista de tudo, muito bacana. O tempo estava nublado, peguei a câmera pra tirar foto das bikes e o sol apareceu, assim, do nada, se exibindo pra mim. Foi uma vibração sensacional. Quanta energia tem o sol!
- Olha que casa mais louca! O cara pegou um navio, fez a base de concreto e tascou no terreno. Ficou doida!
- Nosso diocamping nas alturas. Sol, seu lindo!
26/06 – Descemos tudo o que subimos ontem, que delícia! Depois de 40 km rodados, chegamos em Ortigueira. Não tinha camping, um senhor bem velhinho nos deu a ideia de acamparmos na praia, fomos lá averiguar! Estávamos precisando tomar banho, fomos procurar uma ducha, mas encontramos 35 duchas. Sim, todas funcionavam. Bingo…Passamos 2 dias nessa praia! O local é onde acontece o Festival de música Celta. Acontece em julho, todo ano. Fica lotado de gente. Por pouco não chegamos no tempo certo. Fizemos amizade com um dog lindo chamado Otto. Quando a senhora que tava com ele veio me dar um beijo de despedida, o Otto subiu em mim para me beijar também, difícil de acreditar, mas foi real. Colhemos aspargos selvagens e fizemos para o jantar.
29/06 – O diocamping da vez foi num parque etnológico! Claro que não podia, mas não tinha nenhuma placa proibindo. Antes achamos um localzinho esperto para tomar um banho. Tem que ficar de olho em tudo, qualquer filete de água serve. Teve uma galera que disse que éramos muito ricos por poder fazer uma viagem dessas. Somos mesmo, se liga na nossa banheira de hidromassagem, com direito a barro e água muito gelada, que são ótimos para pele, huahauauhauhau. Foto lá embaixo.
- Pelo caminho.
- Adoro ruínas.
- Praia de Ortigueira.
- Dia de rala.
- Otto.
- Banho de gente rica.
- Diocamping no museu.
- Iupi!
- Chegando na Praia de Ortigueira.
Região das Astúrias – Quanta riqueza!
- Nossa mesa de jantar de hoje.
- Praia das regras, mas a gente quebra!
- Eu, Thiago e Chris.
- Bar onde conseguimos o diocamping da vez. Boa alemão!
03/07 – Combinamos de fazer volume, rodar bem. Só que fomos conhecer a Praia das Catedrais e foram 20 km sem avançar, rendeu nada. Entramos na região de Asturias, muito linda. Achamos um camping roots muito irado. O dono do camping, o Feliciano, ficou encantado com nossa viagem, ficamos la 2 noites, ele não cobrou uma das noites e ainda fez panquecas pra gente de cafe da manhã, poxa vida. Como é bom conhecer pessoas boas que tem interesse pelo que você é e não pelo o que você tem. Como pode sentirmos algo tão bom por uma pessoa que acabamos de conhecer. Essa é a magia da viagem.
- Primeiro contato com a região das Astúrias.
- Praia da Catedral.
- Escaladinha na Praia da Catedral.
- Feliciano e sua Duquesa. pensa num cara legal.
05/07 – Passamos por uma cidade totalmente graciosa chamada Luarca. Paramos no restaurante de um hotel para tomar um café com leite, o dono do hotel nos ofereceu uns quartos para peregrinos (lembrando que ainda estamos fazendo o caminho de Santiago) por 10 euros por pessoa. Pelo naipe do hotel é até barato, mas pra gente pesa. Explicamos a situação e perguntamos se teria algum camping por perto. Ele disse que poderíamos acampar ali mesmo no quintal do hotel sem problema e sem custo, ahhh ta de brincadeira, que massa! Valeu Lineu (ele era a cara do Lineu da Grande Família)!
- Banho na praia com a cueca do Thiago. Tava frio!
- Diocamping no hotel. Esse jipezinho é da 2 guerra mundial, deve ter visto muito coisa.
06/07 – O pedal foi tenso, só subida e descida, muita curva, foram 60 km assim. Estava tarde e nada de acharmos um diocamping, descemos até uma praia e nada, já estava anoitecendo e começou a chover. Como era domingo o único lugar coberto perto era um restaurante. Ficamos la e nada da chuva passar. Thiago saiu na chuva pra procurar lugar pra acampar, na mesma hora a dona do restaurante estava saindo de carro e nos deixou acampar no restaurante, apenas com a condição de sair antes das 09:00 que é o horário que o restaurante abre. Que bacana!
- Casa mega antiga.
- Diocamping na varanda coberta do restaurante.
07/07 – Chegamos em Gijon. Moraria nessa cidade com toda certeza. Uma coisa que nos incomodava muito era o banco das bikes. Dava 30 km a bunda começava a doer muito. Já estávamos planejando comprar os Brooks (marca antiga de bancos de couro) mas a cidade que vendia estava bem longe. A primeira loja de bike que vimos em Gijon tinha esses bancos, Yesss! Compramos, o preço é bem salgado 85,00 euros cada, mas é banco pra vida toda. Ficamos 4 dias em Gijón, um deles eu fiquei com o pescoço ferrado. :/
- Linda Gijón!
- 🙂
11/07 – Depois de vários dias parados só gastando, voltamos a estrada. Avistamos um cara (Juan) e fomos lá perguntar se ele sabia de algum lugar pra acamparmos. No inicio ele ficou meio assim, mas acabou nos convidando para acampar em sua casa. Tinha mesa, tinha mangueira, tinha local coberto para guardar as bikes e tinha um cachorro lindão. Perfeito.
- Espaço que Juan cedeu para dormirmos.
- Juan e Peche, seu dog lindo.
12 -13 – 14/07 – Seguimos a dica do Juan e fomos rumo aos Picos da Europa. Minha nossa senhora, só foi subida extrema, uns 13 km. Andávamos a 5km/h não chegava nunca. Foi duro, muito duro. Uma hora chegamos e o visual foi compensador, valeu a pena. Sempre vale o esforço. Já que foi difícil conquistar a montanha, decidimos diocampar por lá mesmo, no topo, incrível! Estávamos meio apreensivos de acampar no parque. Encontramos um brother muito sangue bom, o Rojo. Ia passar a noite la também na sua van e nos disse que ninguém iria aparecer. Pronto, a noite será tranquila. Rojo também nos deu uma dica irada de ir para o Rio Dobra, nos passou um esquema que rolava de acampar escondido. Fez o desenho e fomos lá procurar, encontramos! Dia 14 ficamos num camping pra poder atualizar o blog, conhecemos o Português Camilo e sua esposa Anette. Ele ficou doido pela nossa viagem, disse que esta se preparando pra dar a volta ao mundo em 2018. Muito massa! Adoramos ter conhecido eles.
- A caminho dos Picos da Europa.
- Quase chegando no topo.
- No caminho encontramos um casal escalamos, aproveitamos e demos um pega na pedra.
- Ta tudo bem, meu amor?
- No topo da montanha tinha centenas de vacas.
- Diocamping top.
- Rojo e sua cadela Dana.
- aca traiçoeira, bebeu agua até cansar. Quando encheu veio querer me chifrar, comédia demais!
- Ponte Medieval no Rio Dobra, esse lugar é cheio das casas antigonas. Lindão o lugar.
- Que casinha mais perfeita!
- Rio Dobra
- Camilo e Anette. Como é bom conversar em portugues. Esse jipe dele é irado demais!
Últimos preciosos momentos na Espanha
15/07 – Ainda nos Picos da Europa. Que lugar surreal, as montanhas tem uma energia muito forte. Dá até pra entender porque os escaladores de montanhas passam aquele perrengue todo para poder conquista-las. Elas te atraem. Passando por elas, me deu uma euforia que cheguei a perder o folego. É inexplicável. Pois foi entre elas que diocampamos, logo depois de uma ponte medieval. Incrível demais.
- Picos da Europa.
- Picos da Europa.
16/07 – Acordamos e fomos dar um mergulho no maravilhoso rio que tinha abaixo da ponte. A cor da água era um azul esverdeado, lindo. O único problema era a temperatura. Não chegamos a medir, mas sabe quando você segura uma barra de gelo por muito tempo e rola aquela dor? Essa agua doía. Entramos mesmo assim e foi muito bom. No caminho encontramos uma ovelha que estava presa no morro. Tentamos ajudá-la, mas fiquei com medo dela se assustar e cair. Sorte é que a polícia passou e resgatou ela. O policial escalou o morro, mostrou pra ela onde era a saída e ela se salvou. Valeu senhor policial. Que cuidado bonito com os animais.
- Um dos lugares mais lindos que pedalamos. Picos da Europa.
- Pensa numa água congelante.
- Fazendo da seg da ovelha encalhada.
17/07 – Nossa amiga Marcelesca havia nos avisado que dia 19/07, ia rolar uma competição de (Psicobloc), o Red Bull Creepers, numa cidade da Espanha, em Pamplona, numa ponte de peregrinação. Estávamos há uns 300 km de distancia, mas essa cidade estava na direção que iríamos. Vale a pena tentar pra ver o Chris Sharma e outros monstros (modo de dizer quando o cara manda bem na escalada) escalar. Então pedalamos até a cidade de Unqueira e de lá pegamos um trem para Santander. Dormimos num camping, Santander é uma cidade bem grande litorânea, me lembrou a zona sul do Rio de Janeiro. Bairros nobres, gente rica, hotéis de luxo.
Pegamos um ônibus para Pamplona. Pow essa foi fácil, já estamos na cidade 2 dias antes do evento, boa!
18/07 – Ficamos o dia descansando e lavando roupa!
- Cidade de Pamplona. Cheio de rockeiros na praça.
- Dia de rala.
19/07 – O evento começava as 17:00h, o camping era longe da cidade, 8km. Fomos perguntar pra recepcionista do camping onde ficava a tal ponte (Puente La Reina), ela disse que ficava a 43 km de Pamplona, putz grila, vacilamos de não ter pesquisado direito. E lá fomos pra Pamplona pegar ônibus pra Estella, mó caro pra levar as bikes. Chegando em Estella, descobrimos que a ponte era a 22km dalí. Na correria não nos informamos direito. Compramos mais uma passagem pro local certo. O ônibus chegaria dali a meia hora. Chegou e não quis levar as bikes, porque não cabia no bagageiro e o ônibus grande passaria em 2 horas. Ficamos lá esperando 2 horas, resmungando o tempo todo. Iríamos chegar com 40 minutos de atraso. Não arriscamos ir de bike porque não sabíamos se ia ter muita subida.
Depois da correria chata, conseguimos chegar no evento, e o melhor, não tinha começado. Yes! Pegamos um lugar bacana e assistimos ao espetáculo dos monstros da escalada, os melhores do mundo. Foi muito massa! Valeu demais a dica, Marcela e Leandro! Só não conseguimos com que o Chris falasse: “Cocal é gueto, fí”.
- Red Bull Creepers.
- Chris Sharma!
- Que queda feia, deve ter ardido!
20/07 – Domingo, antes de saírmos do camping o celular do Thiago foi roubado. Aqui na europa não costuma ter assalto a mão armada, mas não é bom dar mole, tem muito furto, mas é mais em cidades grandes. Ficaremos mais espertos agora.
Como iremos pra Andorra, pegamos um ônibus que para a cidade mais próxima. A cidade foi Lleida. Chegamos a noite. Não tinha camping. Fomos a um hostel e estava lotado, fomos a outro e estava lotado. Pro nosso azar tinha tido um festival de musica na cidade e todas as hospedagens estavam cheias. Só tinha vaga num hotel 4 estrelas, 60 euros. Ah nemmm. Pra nossa sorte, fomos ver um hotel 1 estrela, que estava lotado, porém o recepcionista era da República Dominicana, e ficou encantado com as nossas bicis. Disse que éramos hermanos e nos acolheu, deixou a gente acampar nos fundos do hotel. Félix, você não imagina o quanto nos ajudou e o quanto somos gratos pela sua gentileza. Muito obrigada, irmão!
- Felix, nosso hermano.
21/07 – De volta a estrada. Como pedalar nos faz bem, é ruim ficar parado por vários dias, gostamos é de nos movimentar. Rumo a Andorra, todos nos alertavam que pegaríamos muitas subidas, pois Andorra fica nos Pirineus. Bora nessa! Paisagens maravilhosas, tipo uns desertos. Diocampamos perto de uma torre de eletricidade. A única coisa que apareceu foi um ratinho grilado. A noite foi tranquila.
- Lago cheio de aranhas pelo caminho.
- Mais um lago refrescante!
- Cansei de pedalar, vou é correndo. Chegando em Organya.
- Joaquim, nós, Manoela e Carlos.
- Que paisagem!